REVISTA FORÇA AQUAVIÁRIA - OUTUBRO 2018
Hidrovia Paraguai-Paraná
Um Raio X da Agência de Transportes Aquaviários
A Antaq lançou em setembro estudo que contempla um diagnóstico detalhado da Hidrovia Paraguai-Paraná com o intuito de fomentar o desenvolvimento do transporte aquaviário na matriz de transportes do país.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, o documento pretende promover uma reflexão sobre a participação brasileira no fluxo de cargas na hidrovia, abrangendo três eixos - infraestrutura, mercado e regulatório, num verdadeiro diagnóstico detalhado da Hidrovia do Paraguai-Paraná. A Hidrovia Paraguai-Paraná configura-se como uma das principais vias fluviais da América do Sul. Inicia-se no município brasileiro de Cáceres (MT) e se estende até a cidade portuária de Nueva Palmira, no Uruguai. Percorre cinco países – Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai –, com uma extensão navegável de 4.122km. A Argentina é o país que mais movimenta cargas na hidrovia. O Brasil está em segundo lugar. |
Royalties em alta
Arrecadação já cresceu 62% em 2018
A arrecadação de royalties subiu 62% entre janeiro e agosto de 2018, em relação a igual período do ano passado. Graças ao tributo, União, Estados e municípios já haviam garantido em oito meses, uma receita total R$ 34,756 bilhões.
O valor já estava 14% acima do que toda a receita levantada em 2017, que foi de R$ 30,469 bilhões. A União já arrecadou em 2018 R$ 14,331 bilhões. Os Estados ficaram com R$ 12,240 bilhões, e os municípios, com R$ 6,865 bilhões. Para 2019, a previsão do mercado internacional é de que o barril esteja valendo US$ 73,6. A cotação seria maior que o preço de US$ 72,8 previstos para 2018. |
Ecologia marítima
Mais uma iniciativa global
Representantes de 72 países e oito organizações ligadas aos portos e navegação assumiram em Lisboa no mês de setembro o compromisso de começar a praticar "economia azul", reduzindo desperdício e deixando de poluir os mares.
A declaração final do Oceans Meeting (Encontro dos Oceanos) conclui que o caminho é o tráfego marítimo ser “mais amigo do ambiente, mais eficiente e reduzir o desperdício”, disse à agência Lusa a ministra do Mar portuguesa, Ana Paula Vitorino. |
Navegação fluvial
Capitania do Pará forma novos aquaviários
A Capitania Fluvial de Santarém-PA promoveu a formatura de novos Aquaviários no Curso de Formação de Aquaviários, Marinheiro Fluvial de Máquinas Turma I/2018 (CFAQ II - M N3).
Os profissionais recém-formados poderão operar embarcações e suprir a demanda das empresas de navegação, que aumentaram devido ao escoamento de grãos e minérios nos municípios da área de atuação da Capitania. O curso ocorreu no período de junho a setembro deste ano. A cerimônia foi presidida pelo capitão dos portos de Santarém, capitão de fragata Robson Ferreira Carneiro. Ele manifestou entusiasmo por formar profissionais com consciência marítima e que contribuem para a segurança da navegação. |
Naufrágio histórico
Comendador Peixoto sumiu no Velho Chico
O NAVIO COMENDADOR PEIXOTO [FOTO] FOI UM MARCO DA NAVEGAÇÃO FLUVIAL ENTRE AS CIDADES DE PENEDO E PIRANHAS, EM ALAGOAS, NAS DÉCADAS DE 50/60, QUANDO O CAUDALOSO RIO SÃO FRANCISCO PERMITIA GRANDES EMBARCAÇÕES EM SUAS ÁGUAS. A HISTÓRIA DO EMBLEMÁTICO NAVIO FOI PUBLICADA RECENTEMENTE PELO CORREIO DO POVO, JORNAL ALAGOANO, E SEGUE PARCIALMENTE REPRODUZIDA ABAIXO.
Remanescente navio a vapor, o Comendador Peixoto foi transferido do rio Amazonas para Penedo pela Comissão do Vale do São Francisco (SUVALE), atual Codevasf. Depois, acabou adquirido pelo grupo empresarial Peixoto & Gonçalves, daí o batismo de Comendador Peixoto. Portador de novidades Fez histórias em suas subidas e descidas transportando para Piranhas as novidades advindas das grandes cidades e capitais que cercavam Penedo – Salvador, Aracaju, Maceió e Recife - e de Piranhas trazendo o que era produzido pelos povos do sertão e das margens do Velho Chico. Também foi a figura imponente das grandes festas do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, sendo marcante para as pessoas da época fazer o trajeto da maior procissão fluvial do baixo São Francisco a bordo do incomparável Comendador Peixoto. Tripulação Até a tripulação era motivo de orgulho para família Peixoto & Gonçalves. Para os aquaviários era uma honra. Ficavam todos perfilados e fardados ao comandarem a maior embarcação que percorreu as águas profundas e volumosas do São Francisco entre Penedo e Piranhas. O destino porém reservou um fim trágico para o Comendador Peixoto. Segundo relatos, ao ser adernado para bombordo, desapareceu parcialmente em meio às águas que tanto lhe serviram. A triste notícia percorreu a cidade do Penedo e os amantes do velho navio organizaram uma despedida coletiva do Comendador Peixoto com lágrimas nos olhos. |
Contrato prorrogado
Skandi Hav, da DOF, ganha mais 226 dias
A Petrobras autorizou a prorrogação contratual para o Skandi Hav [foto], da norueguesa DOF, empresa de apoio marítimo. O anúncio foi feito em setembro pela própria empresa, integrante da Abeam (Associação Brasileira de Apoio Marítimo), acrescentando que o tempo de sobrevida para o contrato é de 226 dias.
Atualmente, o Skandi Hav está trabalhando como apoio a operações de FPSO. A embarcação opera para a estatal brasileira desde 2009. O contrato inicial, de cinco anos, já tinha sido prorrogado em outubro de 2014 por mais quatro anos. |