REVISTA FORÇA AQUAVIÁRIA - SETEMBRO 2018
Engenheiros da Petrobras contestam Globo
Jornal acusou Brasil de manter "padrão colonial" no setor do petróleo
O presidente da Aepet, Felipe Coutinho, enviou carta ao O Globo contestando afirmação feita em editorial publicado em 20 de junho no qual o jornal classifica a indústria do petróleo como de "padrão colonial". Coutinho lembrou aos editores que o Brasil tem, "graças ao trabalho da Petrobras e dos brasileiros", uma moderna e pujante indústria petrolífera.
O suposto erro do "dirigismo estatal" também foi contestado pelo fato inequívoco de que, das cinco maiores empresas de petróleo do mundo, quatro são estatais. A Associação dos Engenheiros da Petrobras faz ver ainda aos jornalistas que a Petrobras foi vítima, e não autora, de atos de corrupção. A desastrosa política de preços praticada pela companhia na gestão de Pedro Parente e a política de desinvestimentos, entre outros pontos relevantes, estão entre os itens que foram destacados na carta. |
FMM beneficia membro da Abeam
Empresa que propõe cortar salário foi favorecida pelo Fundo de Marinha Mercante
A Bram Offshore, que hoje propõe reduzir salários de aquaviários brasileiros como membro da Associação Brasileira de Apoio Marítimo, obteve em dezembro de 2016 prioridade do Fundo de Marinha Mercante da ordem R$ 1 bilhão para construção de seis rebocadores do tipo PSV. A aprovação ocorreu na 33ª reunião do Conselho Diretor do FMM, que aconteceu em Brasília, no início de dezembro do ano retrasado.
Advertência sindical A notícia torna mais legítima a denúncia dos sindicatos marítimos, segundo a qual as companhias offshore embolsaram lucros excessivos por cerca de dez anos, durante um período de prosperidade geral no setor. É de se lamentar que a aprovação do FMM confirme o favorecimento à Abeam, que tenta praticar, em contrapartida, a face mais selvagem da chamada reforma trabalhista. A redução salarial e a retirada de direitos oferecidas pelo patronato ilustram este caráter na proposta feita em março último para renovar o Acordo Coletivo de Trabalho 2018-2019. Não é à toa que o documento da Abeam ficou imediatamente conhecido, entre os profissionais indignados, como “proposta indecente”. |
Posto flutuante no RJ
Reabastecimento embarcações de pesca, serviço e recreio
Entrou em operação na Baía de Guanabara o segundo posto flutuante no Rio de Janeiro. O posto pioneiro havia sido inaugurado em Angra dos Reis. A novidade visa atender as embarcações que atuam nos mercados de pesca, passageiros, turismo, serviço, esporte, recreio e outras.
O equipamento tem 28 metros de comprimento total, seis metros de largura e 1,8 metro de pontal, com duplo casco de aço e deck de madeira especial anti-choque, para proteção de embarcações de casco sofisticado. Os serviços disponíveis Possui capacidade de fornecimento de até 50 mil litros de diesel marítimo e 10 mil litros de gasolina. O posto conta ainda com áreas de entretenimento, banheiros para cliente, loja de produtos náuticos, loja de conveniência, "lounge" para clientes, almoxarifado e escritório. Dispõe também de internet, telefone via satélite, câmeras de monitoramento, bombas de abastecimento eletrônica, iluminação de Led, sensores remotos dos tanques, controle de qualidade por coleta de amostragem, som ambiente e TV. A nova unidade contará com lancha exclusiva para translado de tripulantes e "delivery" para entrega de produtos da loja de conveniência e outros serviços como aplicativos de compra de combustível. O projeto obteve avaliação de viabilidade da crescente demanda de embarcações de pequeno e médio porte na região da Baia de Guanabara e visa a atender aos regulamentos da ANP e Inea. |
Leilão do pré-sal
Estrangeiros prontos para 5ª rodada, em 28/9
Está marcada para 28/9/2018 a 5ª rodada de Licitação do Pré-Sal. A organizadora do certame é a Agência Nacional do Petróleo. Segundo a ANP, 12 petroleiras, quase todas estrangeiras, manifestaram interesse pelas quatro áreas localizadas nas bacias de Santos e Campos.
Estão habilitadas, entre outras, as norte-americanas Exxon e Chevron, a chinesa CNOOC, a colombiana Ecopetrol, a norueguesa Equinor e a Petrobras. Elas disputarão o leilão na modalidade de partilha de produção das áreas de Saturno, Titã, Pau Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde. |
China x EUA
Briga de gigantes favorece Brasil
Com a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, as barreiras impostas de um lado a outro contribuíram para aumentar as exportações brasileiras para os dois países em alguns setores.
Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, aumentaram as vendas para esses países de produtos como siderúrgicos, proteína animal e soja de janeiro a julho. China Neste período, houve alta de 18% na venda de soja para a China, o que já é visto como um sinal de que o Brasil pode ocupar o espaço dos EUA no fornecimento do grão ao país asiático. A venda de carne de porco aumentou 199% para a China nesse período. EUA Já a exportação de siderúrgicos para os EUA subiu 38% também de janeiro a julho, passando de US$ 1,3 bilhão para US$ 1,8 bilhão. |
Comperj de volta
Refinaria pode estar pronta ainda em 2018
A Petrobras está em fase final de negociação com a chinesa CNPC para a parceria nas áreas de produção de petróleo e refino. O gerente-executivo de logística da estatal brasileira, Claudio Mastella, estima que o acordo será fechado ainda neste ano. Em julho, brasileiros e chineses assinaram carta de intenções para investir na conclusão das obras da refinaria do Comperj, em Itaboraí-RJ.
As obras da refinaria foram interrompidas em 2015 com mais de 80% de avanço. A Petrobras já investiu US$ 13 bilhões e sinalizou que necessitaria de mais US$ 2,3 bilhões para colocar a refinaria de pé. Uma fonte, contudo, diz que as estimativas atuais superam os US$ 3 bilhões. |